Classificação Bethesda em PAAF de Tireoide

O Que Significa e Como Entender a Classificação dos Nódulos Tireoideanos

Quando um paciente descobre um nódulo na tireoide, é natural que surjam dúvidas e inseguranças. Um dos principais exames utilizados para avaliar esses nódulos é a punção aspirativa por agulha fina, também chamada de PAAF ou FNA (do inglês, Fine Needle Aspiration). O resultado desse exame é classificado segundo um sistema internacionalmente reconhecido chamado Bethesda, que organiza os achados citológicos em categorias que ajudam a prever o risco de câncer e orientar a conduta médica.

Sou a Dra. Christiana Vanni, especialista em tireoide e neste artigo, vou explicar de forma clara e acessível o que significa cada categoria da Classificação Bethesda para tireoide, como ela impacta nas decisões clínicas, e por que contar com um médico de cabeça e pescoço é essencial para um diagnóstico e tratamento seguros.

Classificação Bethesda na Avaliação de Nódulos da Tireoide

A Classificação Bethesda para citologia de nódulos tireoidianos foi desenvolvida justamente para padronizar os laudos de punção e facilitar a comunicação entre patologistas, endocrinologistas e cirurgiões de cabeça e pescoço. Ela é dividida em seis categorias numeradas de I a VI, e cada uma delas está associada a um risco estimado de malignidade e a uma conduta sugerida.

Esse sistema é uma verdadeira bússola para nós, médicos, quando precisamos decidir se o nódulo pode ser apenas acompanhado com exames de imagem ou se há necessidade de uma cirurgia para remoção parcial ou total da tireoide.

Significados das Categorias do Sistema Bethesda

Bethesda Tireoide 1

A categoria I, por exemplo, indica que o material colhido na punção foi insatisfatório ou inconclusivo, e nesse caso, é comum indicarmos uma nova punção guiada por ultrassom. 

Bethesda Tireoide 2

Já a categoria II é a mais tranquilizadora, pois corresponde a nódulos benignos, com risco muito baixo de câncer. Pacientes com esse resultado geralmente continuam sendo acompanhados com exames periódicos, sem necessidade de cirurgia.

Bethesda Tireoide 3 e 4

As categorias III e IV representam uma “zona cinzenta”, em que o risco de câncer é intermediário. Nestes casos, é muito importante que o paciente seja avaliado por um especialista com experiência em tireoide, pois a decisão entre observar ou operar envolve uma análise cuidadosa dos aspectos clínicos, ultrassonográficos e até mesmo genéticos do nódulo.

Bethesda Tireoide 5 e 6

Já as categorias V e VI indicam alto risco de malignidade. A categoria V sugere lesão suspeita para malignidade, enquanto a categoria VI praticamente confirma a presença de um câncer da tireoide. Nessas situações, a cirurgia é, na maioria das vezes, a conduta mais adequada, e um plano de tratamento personalizado é essencial.

O Que Fazer Quando o Resultado É Indeterminado?

Um dos maiores desafios da Classificação Bethesda são os resultados intermediários, como o Bethesda III (atipia de significado indeterminado) e o Bethesda IV (neoplasia folicular). Essas categorias não representam, necessariamente, um câncer, mas também não podem ser descartadas como benignas.

É aí que entra a importância de uma avaliação especializada. Com base na minha experiência em cirurgia de cabeça e pescoço, posso dizer que cada caso precisa ser olhado com atenção individualizada. A história clínica, o exame físico, as imagens de ultrassom e, em alguns casos, exames moleculares complementares são ferramentas fundamentais para definir a melhor conduta. Há situações em que podemos optar por observar, mas em outras a cirurgia precoce evita complicações futuras.

Como é a Cirurgia da Tireoide e Quando Ela é Indicada

A cirurgia da tireoide, chamada de tiroidectomia, pode ser parcial (quando removemos apenas um lobo) ou total (remoção completa da glândula). A indicação depende do tipo de lesão, do risco de malignidade, do histórico do paciente e dos achados dos exames. Em outros casos, pode-se optar por acompanhamento clínico ou por ablação.

Em casos de câncer confirmado ou de nódulos com alto risco, a cirurgia é recomendada tanto para remover a lesão quanto para prevenir a disseminação da doença, conforme avaliação individual. Com técnicas modernas e equipe especializada, a recuperação costuma ser rápida e segura.

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Nosso objetivo é sempre preservar a qualidade de vida do paciente, minimizar riscos e garantir um tratamento eficaz. Por isso, cada decisão é tomada com cuidado, baseada nas melhores evidências científicas e na experiência prática acumulada.

A Importância da Avaliação Especializada

A avaliação e o tratamento de nódulos tireoidianos não devem ser feitos de forma genérica. O sistema Bethesda é um guia, mas o olhar clínico, a experiência e o cuidado humano são insubstituíveis.

Na minha prática, cada paciente é acolhido com escuta ativa, segurança técnica e um olhar atento ao que os exames não mostram: suas dúvidas, seus medos e seus desejos. Meu compromisso é oferecer um diagnóstico preciso, um plano de tratamento personalizado e, acima de tudo, cuidado com empatia.

Agendar Consulta com Especialista em Tireoide em São Paulo

Se você recebeu um resultado de punção da tireoide com alguma das categorias da Classificação Bethesda - especialmente aquelas que indicam risco intermediário ou alto de malignidade - é fundamental conversar com um especialista em cabeça e pescoço. A decisão de operar ou não deve ser tomada com base em conhecimento técnico, experiência e cuidado individualizado.

Sou a Dra. Christiana Vanni, especialista em cirurgia de cabeça e pescoço, atendo presencialmente em São Paulo - SP e por consultas de telemedicina para pacientes de todo o Brasil e estou à disposição para te orientar com segurança e clareza. Se você recebeu um resultado Bethesda e está em dúvida sobre o que fazer, agende uma consulta. Vamos conversar e encontrar o melhor caminho para o seu caso.